A Porta Vermelha

Na penumbra do bar underground, rodeado por grafites e mistérios, ele aguardava. O couro preto refletia o brilho fraco das luzes de néon, e cada toque na porta de madeira marcada por adesivos parecia ecoar suas intenções. Aquele lugar era mais que um cenário; era um convite ao desconhecido.

Quando a corrente prateada brilhou em seu peito nu, a tensão se materializou. O cheiro de couro, tabaco e suor preenchia o ar. A espera terminou quando a figura de jaqueta de couro entrou na sala, com olhos que prometiam tanto quanto as mãos firmes em suas luvas. Sem uma palavra, apenas um comando no olhar, ele o guiou pela coleira.

O encontro das bocas era inevitável. Não havia pressa, apenas a dança lenta de quem sabe exatamente o que quer. Os sussurros eram abafados pelas paredes cobertas de histórias, e cada toque desenhava uma nova narrativa na pele marcada por tatuagens e cicatrizes.

Naquele pequeno mundo vermelho, eles eram reis de um reino onde o desejo ditava as regras. E quando a porta finalmente se fechou, o lado de fora deixou de existir.

*Créditos:*
📸 *Masculicidade*
📍 Feitas na *Festa Brutus, no **Estúdio Lâmina*
*Modelos:* Leather Free Wolf (leather.freewolf) e @smokerOtter